A fratura de Lisfranc, uma lesão complexa que afeta o meio do pé (mediopé), pode causar dor intensa e incapacidade funcional. Neste artigo, vamos explorar o que é essa lesão, suas causas, sintomas, diagnóstico e tratamento.
O que é a Fratura de Lisfranc?
A fratura de Lisfranc, nomeada em homenagem ao cirurgião francês Jacques Lisfranc de Saint-Martin, é uma lesão que envolve a ruptura de um ou mais ligamentos que conectam os ossos do tarso aos metatarsos ou fratura(as) da região tarso-metatársica. Essa região do pé é fundamental para a distribuição do peso corporal e a realização do movimentos fisiológicos do pé.
Causas da Fratura de Lisfranc
A fratura de Lisfranc geralmente ocorre devido a traumas de alta energia, como:
- Torções bruscas do pé: Comuns em esportes como futebol e vôlei.
- Quedas sobre o pé: Principalmente quando o pé está em flexão plantar.
- Acidentes de carro/moto: Onde o pé fica preso entre os pedais ou o painel.
Quais são os sintomas dessa lesão?
Os sintomas da fratura de Lisfranc podem variar em intensidade, dependendo da gravidade da lesão. Os mais comuns incluem:
- Dor intensa:
Principalmente na região do meio do pé. - Inchaço (edema): Pode ser significativo e se estender para o tornozelo ou restante do pé.
- Deformidade: O pé pode apresentar um formato diferente do normal.
- Dificuldade para caminhar: Devido à dor e instabilidade.
- Equimose: Manchas roxas na pele podem aparecer, principalmente na região plantar do arco do pé.
Diagnóstico da Fratura de Lisfranc
O diagnóstico da fratura de Lisfranc é feito por meio de exames de imagem, como:
- Radiografias: São os primeiros exames realizados para avaliar a presença de fraturas e desalinhamentos ósseos. Normalmente as radiografias são realizadas com carga e comparativas (utilizando o pé não lesionado como padrão para comparação).
- Tomografia computadorizada (TC): Permite uma visualização mais detalhada das estruturas ósseas e ligamentares, auxiliando no diagnóstico de lesões mais complexas.
- Ressonância magnética (RM): É útil para avaliar a integridade dos ligamentos e tecidos moles.
Tratamento da Fratura de Lisfranc
O tratamento dessas fraturas depende da gravidade da lesão e pode ser conservador ou cirúrgico.
Tratamento conservador:
Indicado para lesões leves, envolve o uso de imobilização com bota ou gesso por um tempo médio de 6 semanas, além de reabilitação com fisioterapia.
Tratamento cirúrgico:
É necessário para lesões mais graves, com desalinhamento ósseo ou ruptura dos ligamentos. A cirurgia visa realinhar os ossos e fixá-los com parafusos, placas ou fios de kirchner.
Complicações da Fratura de Lisfranc
Se não tratada adequadamente, a fratura de Lisfranc pode levar a complicações como:
- Artrose: Degeneração da articulação, causando dor e rigidez.
- Infecção: Pode ocorrer após a cirurgia.
- Pseudoartrose: Não consolidação da fratura.
- Deformidade do pé: Perda da função e do alinhamento do pé.
Recuperação da Fratura de Lisfranc
O tempo de recuperação da fratura de Lisfranc varia de acordo com a gravidade da lesão e o tipo de tratamento realizado. A fisioterapia é fundamental para restaurar a força e a amplitude de movimento do pé.
Como se prevenir dessas lesões?
Para prevenir a fratura de Lisfranc, é importante:
- Utilizar calçados adequados: Com bom suporte e amortecimento.
- Fortalecer os músculos do pé e tornozelo: Através de exercícios específicos.
- Estar atento ao ambiente: Evitar pisos escorregadios e irregularidades.
Conclusão
A fratura de Lisfranc é uma lesão que exige atenção médica especializada. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações e garantir uma boa recuperação. Se você suspeitar de uma fratura de Lisfranc, procure um Ortopedista Especialista em Pé e Tornozelo pois trata-se de uma urgência ortopédica.